Crefito acusa os planos de saúde







Segundo o presidente Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8ª Região (Crefito 8), Pedro Beraldo, o profissional e o setor da saúde estão em uma "situação vergonhosa e lamentável". "Os planos de saúde, que estão sempre com a sua saúde financeira em dia, impõem os contratos às clínicas e profissionais, que acabam aceitando para não morrer de fome", diz.
De acordo com a presente da Apfisio, Marlene Vieira, há também uma certa retaliação por parte dos convênios. "Quem mostra resistência ou questiona os contratos é descredenciado pelo convênio", garante.

Tanto o Conselho quanto a Associação revelam que a preocupação vai além da proteção dos profissionais. "Os pacientes que utilizam os planos de saúde contratam um serviço sem a chance de opinar e se sujeitam aos interesses dos convênios", analisa Beraldo. Para ele, o problema vivido pela categoria não é uma dificuldade isolada "chega a ser um ato criminoso, um problema de saúde pública", alerta.
Ações — Para levar a questão à sociedade, a Associação de Fisioterapeutas do Paraná (Apfisio) já conseguiu apoio do senador Álvaro Dias (PSDB), que discutiu em plenário as dificuldades dos fisioterapeutas no final do mês de abril. "Já começaram as demissões. Esta é a razão de estarmos na tribuna, fazendo esta abordagem e anunciando que vamos iniciar uma ação política, visando a contribuir para a solução desse impasse", disse o senador, que vê a correção dos repasses por parte dos planos de saúde como a única saída.

Para salientar a defasagem que pode ocorrer em 15 anos sem reajustes nos repasses, por parte dos planos de saúde, o senador lembrou que há 15 anos o salário mínimo estava ao redor de R$ 70. Agora, a previsão é de que vá a R$ 560,44 em 1º de janeiro de 2010.
A Apfsio, entidade que representa 63 clínicas no Paraná, vem se mobilizando para alertar os profissionais a se manifestarem a fim de evitar possíveis retaliações dos convênios. "Estamos nos unindo para proteger a categoria e fazer uma pressão para mudar a situação", explica a associada Marjorie Garcia de Moraes.

De acordo com informações do Crefito, uma reunião com representantes da ANS já foi realizada, além do alerta a outros Conselhos Regionais e o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Cofito), que também defendem a causa. (JS)
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